Para que se cumpra a Justiça

João Batista estava certo. Jesus não precisava do batismo do arrependimento. O Senhor, porém, explicou ao Batista que deveria haver uma sucessão natural entre o ministério dos dois - e o batismo constituía o ponto de harmonia. Por isso, "Respondeu Jesus - Deixe por enquanto. Convém que assim o façamos, para cumprir toda a justiça. E João concordou" (Mateus 13:15).




O batismo bíblico é um dos poderosos símbolos da obra de Deus no mundo. Aquele que aceita batizar-se "submete-se" à realidade espiritual de que "o salário do pecado é a morte". Mas aceita também que o batizar-se em Cristo está declarando a justiça divina, capaz de trazer à vida quem quer que tenha morrido. E que aceitou Jesus Cristo, "como o Filho amado, em Quem Me comprazo".



Ao batizar-se por João, Jesus possibilitou a vinda do Espírito Santo, de forma visível, proclamando ao mundo que Jesus é o Cristo. Aceitar que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus é uma experiência tão profundamente poderosa que o Evangelista João revela: "aos que creram no Seu nome, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus". A "justiça" cumprida no fato histórico do batismo de Jesus tem implicações multiformes. Uma delas é a que nos habilita a sermos filhos de Deus.

Etrevista com a missionaria Lanna Holder

1. Lanna Holder era lésbica, mas se converteu ao evangelho.


Veja seu testemunho, da época de sua conversão:
Entrevista com a Missionária Lanna holder, Ex-Lésbica



Restauração

Milena Soares
Lanna Holder é prova viva de que os impossíveis dos homens são possíveis para Deus. Envolvida por muitos anos com o lesbianismo, drogas e alcoolismo, Lanna acreditava que nunca iria mudar. Mas Deus transformou a sua vida de tal forma que hoje é realmente uma mulher, missionária, casada com um pastor, mãe de Samuel.



Seu testemunho impactante rompeu os limites do Brasil e hoje é convidada a pregar em diversas partes do mundo. Após um congresso de mulheres, no qual pregou, a missionária Lanna Holder concedeu um entrevista à ELNET. Confira.



ELNET - Quando você teve contato com o homossexualismo?

Lanna Holder - Com apenas 12 anos de idade conheci o lesbianismo. Aos 17, fui a uma boate gay e tive a minha primeira intimidade sexual com mulher. Logo depois desse acontecimento, saí de casa para morar com uma mulher 12 anos mais velha do que eu.



ELNET - De que forma você enxergava Deus?

Lanna - Quando cheguei à tal boate, conheci duas mulheres que tinham mais de 50 anos e eram lésbicas. E então perguntei para elas: "O que Deus acha do homossexualismo?". Elas responderam que Deus gostava disso porque ele quer que as pessoas sejam felizes. "Ele nos ama e quer que a gente ame também", elas disseram. Como eu tinha dúvidas, achava que que Deus não gostava deste tipo de coisa, essa resposta caiu como uma luva, porque aquilo acabou com a minha culpa.

Aceitei aquela palavra demoníaca.



ELNET - E como foi a sua conversão?

Lanna - Sempre dizia que nem Deus poderia mudar a minha opção sexual. E a gente não pode mexer com Deus! Minha mãe, que era prostituta, se converteu e comecei a notar a diferença. Ela me evangelizava, mas me sentia pecadora demais pra Deus ouvir as minhas orações. Além disso,

eu sempre dizia que só iria me converter quando ficasse velha. Um diácono da igreja da minha mãe me mostrou a passagem Apocalipse 22.15. "Ficarão de fora os cães, e os feiticeiros, e os que se

prostituem, e os homicidas, e os idólatras, e qualquer que ama e comete a mentira'';. Eu pedi para que ele parasse de ler porque eu não agüentava. Pedi para que ele orasse por mim, porque eu queria aceitar Jesus.



ELNET - Quando isso aconteceu?

Lanna - Foi no dia 12 de dezembro de 1995, aos meus 21 anos. Larguei todas as minhas práticas imediatamente. Pedi à minha mãe, que ligasse para a minha ex-companheira e avisasse que eu não iria mais voltar, pois havia me convertido. Milagrosamente o álcool, as drogas e o homossexualismo ficaram para trás.



ELNET - Como foi a transição física, antes com trejeitos masculinos e agora, com trejeitos e caráter femininos?

Lanna - A primeira mudança foi a roupa. Eu não usava somente calça jeans. Comprava roupas sempre na seção masculina das lojas. Atualmente não uso mais calças pelo fato de querer diferenciar isso. Fiz uma campanha de jejum, acordava de madrugada para orar e louvar, pedindo sempre a Deus que me libertasse dos trejeitos masculinos. Deixei também o meu cabelo crescer e a tatuagem que tenho já está ficando desbotada e tenha a certeza que Deus vai tirar, como Ele já

me prometeu.



ELNET - Você é uma pessoa muito requisitada. Como administra o seu tempo com Deus?

Lanna - Alguns dias na semana, especialmente nas segundas-feiras, tento não pregar. A minha vida é só pra me dedicar a Deus. Tenho uma assessoria que me ajuda no ministério. O tempo livre que tenho reservo para orar, ouvir músicas, que pra mim são muito importantes no tempo de adoração. Também ouço e vejo fitas de outros pregadores.



ELNET - Como uma mulher pregadora, você já sofreu algum preconceito?

Lanna - Assim que me converti, seis meses depois já comecei a pregar. Uma vez fui pregar em Pernambuco e logo depois um pastor me disse que era muito nova .'' Você é mulher, então vai sentar no banco, vai estudar a Bíblia, porque o que você está fazendo não é pra você, não

agora, só depois de muito tempo de experiência com Deus e pregação'', dizia ele. Eu fui pra casa chorando muito e perguntei a Deus o porquê daquilo. E Ele me respondeu através daquele versículo que diz que Deus usa as coisas loucas deste mundo pra confundir as sábias. Deus me mandou pregar e tem me usado e a palavra dEle tem se cumprido.



ELNET - Como é o preparo antes de subir no púlpito para pregar?

Lanna - Eu tiro a parte da tarde pra ler a Palavra. Tenho 20 temas gravados em Cd e mais 150 mensagens. Fiz uma campanha em uma igreja de São Paulo durante dois anos, onde trazia uma mensagem nova a cada segunda-feira. Hoje, quando conto o meu testemunho sempre agradeço a

Deus pela oportunidade e privilégio de tocar as pessoas com a mensagem. Eu sempre leio a Bíblia, oro, fico no meu quarto, buscando me consagrar para poder pregar a mensagem.



ELNET - Qual foi a experiência mais marcante no púlpito?

Lanna - Com certeza foi no Gideões. Quando recebi o telefonema do pastor me convidando para pregar no Gideões Missionários. Na hora aceitei! Pulei de alegria. Foi a minha primeira fita gravada ''As Sete Trombetas do Apocalipse''. E pregar para aquela multidão foi de início muito difícil, até porque fui a primeira mulher a pregar em toda a história do Gideões. Era um culto pela manhã, as pessoas estavam até mesmo um pouco desconfiadas, de braços cruzados, mas quando terminou

a mensagem, pessoas foram curadas na multidão.



ELNET - O que você sentiu?

Lanna - Eu nunca senti tanto poder de Deus na minha vida. Mas antes tinha pedido a Deus: "Senhor, toda a igreja do Brasil está fazendo uma certa expectativa, afinal, eu tenho apenas 26 anos, ex-lésbica, cinco anos de convertida!" Mas quando eu cheguei lá, eu pude ver a misericórdia de Deus na minha vida. Ali eu tive a certeza que nasci para isso. Eu preguei uma palavra inédita, para um público que estava bastante apreensivo, e no final a glória de Deus foi derramada ali.



ELNET - A maioria das suas pregações é sempre em torno do seu testemunho?

Lanna - Não. Quando vou a uma igreja pela primeira vez, geralmente eles pedem que eu conte o meu testemunho. Mas se 80% das pessoas já conhecerem o meu testemunho, eu prego sobre outros assuntos.



ELNET - Há uma frase muito conhecida que diz ''Existe 'ex' tudo menos ex-homossexual''. Você sofreu algum preconceito no meio evangélico?

Lanna - Sim, no início as mães não deixavam suas filhas se relacionarem comigo, até mesmo os pastores. E isso acontecia principalmente no interior. Mas foi bem no início, antes de fazer a

minha primeira missão transcultural.



ELNET - Há algum trabalho específico com homossexuais?

Lanna - Não. Sou uma pregadora, mas tenho um site (www.lanaholder.com.br) onde as pessoas podem saber mais sobre a minha vida.



ELNET - Você se dedica integralmente ao ministério. Como você consegue o seu sustento?

Lanna - Através da venda do material com as pregações, testemunho, e também o sustento que a igreja onde eu que congrego me oferece.



ELNET - O seu esposo é pastor e deixou o púlpito pra se dedicar ao seu ministério. Geralmente é o contrário: a mulher é quem se dedica ao ministério do marido. Como é isso?

Lanna - O Samuel tem o maior prazer de estar junto comigo neste ministério. Como viajo muito, ele percebeu que era importante estar sempre ao meu lado. O Samuel sempre diz que é muito realizado. Eu não vivo sem o meu marido porque ele administra o meu ministério. Ele também escreve e tem algumas mensagens também. Trabalhamos em conjunto, nos complementamos.



ELNET - E como você administra o seu tempo com a família?

Lanna - Meu filho é muito agarrado comigo. Eu viajo toda a semana. Este mês, vou para os Estados Unidos e só retorno em novembro. Há um mês não apareço em casa.



ELNET - Quando o seu filho crescer e souber de todo o seu passado, como vai ser? Você tem algum receio?

Lanna - Não! No testemunho de Gideões levantei o meu filho, que se chama Samuel também, para as pessoas verem o que Deus fez na minha vida. É claro que não é o meu filho e o meu marido que vão provar a minha libertação. O que liberta é o conhecimento do Sangue de Jesus, a comunhão com Deus, mas eles foram um presente. Tenho muito prazer de mostrar o meu marido e o meu filho.



ELNET - Alguns dizem que o homossexualismo tem uma origem genética. O que acha?

Lanna - Em todos os casos acredito que há influência maligna. No meu caso, especificamente, foi uma maldição hereditária. Meu pai queria que eu fosse homem e isso inconscientemente afetou.



ELNET - Para você, o que é o melhor e o mais difícil do casamento?

Lanna - É poder dormir e acordar com alguém que você ama .É poder levar uma vida íntima sem sentimento de culpa. O mais difícil é ser submissa ao marido! É ter que acatar algumas decisões. Mas aos poucos a gente vai aprendendo e descobrindo que esta atitude traz recompensas.



ELNET - Seu ministério já trouxe algum problema para a sua vida conjugal?

Lanna - Não, pelo contrário, o meu marido sempre me cobra, diz que tenho que dar mais atenção às pessoas. Não que eu não queira fazer isto, mas é que quando eu saio do púlpito estou exausta e, às vezes, muitas pessoa querem falar comigo. Já houve casos de atender 50 pessoas após um culto, para orar, conversar. Mas mesmo cansada faço com prazer porque sei que estou ajudando as pessoas. Não que seja o preço da fama, mas é a recompensa pela obra de Deus.



ELNET - O que você diria àquelas pessoas que ainda não acreditam na conversão de um homossexual?

Lanna - Eu diria que essas pessoas que limitam o poder de Deus, que não acreditam na transformação de um homossexual não conhecem verdadeiramente o que Deus pode fazer na vida de alguém. E não há barreira para o poder de Deus, nem muralhas que o impeçam de avançar.

Eu falo de um Deus que mudou a minha vida. Eu não conheço Deus de ouvir falar, mas eu o conheço porque os meus olhos o viram na minha vida, na minha família, na minha casa.



                                                       2. A QUEDA

Veja esta entrevista concedida à revista Eclésia n.97, onde relata as conseqüências da queda:







A Igreja Evangélica foi sacudida por um escândalo envolvendo a missionária pernambucana Lanna Holder, 29 anos. Ligada ao ministério da World Revival Church - Igreja do Avivamento Mundial, nos Estados Unidos, Presidida pelo Pr. Ouriel de Jesus, a igreja freqüentada por brasileiros que vivem na região, Lanna teve um caso homossexual com a dirigente do louvor daquela comunidade.



Logo, o ti-ti-ti e a boataria correram soltos. Dizia-se que ela fora presa e deportada, após ser surpreendida pelo marido com a parceira dentro de um carro.

A coisa teria chegado ao ponto de ela ter levado uma surra do marido....



O episódio só tomou tal proporção devido à ausência de informações e, claro, à popularidade de Lanna no segmento pentecostal. Pregadora itinerante, ela ficou famosa ao percorrer igrejas, no Brasil e no exterior, contando seu testemunho de conversão que inclui, justamente, a libertação de uma vida promíscua, marcada pelo uso de drogas e pelo homossexualismo.



Confira a entrevista concedida ao repórter Marcelo Dutra da revista Eclésia feita por telefone de sua casa em Boston:



ECLÉSIA - A senhora realmente deixou de ser homossexual quando aceitou a Cristo?

Lanna - Eu fui curada por Jesus e não tenho dúvidas quanto a isso. Fico triste quando vejo gente por aí dizendo: “A Lanna caiu porque não era liberta de verdade”. Isso é coisa de quem não conhece a Bíblia. As Escrituras narram que vários personagens que viviam segundo os desígnios do Senhor caíram - isso é do homem. Vemos gente que saiu do adultério voltar a adulterar; alcoólatras libertos que um dia caem e tomam a beber. A pessoa que tem um passado negro como o meu está sempre sujeita e suscetível a uma queda.



ECLÉSIA - Na época de sua conversão, a senhora submeteu-se a alguma terapia espiritual para suprimir suas inclinações homossexuais?

Lanna - Não me submeti a nenhum trabalho específico voltado para essa área. Eu me converti na Assembléia de Deus e lá eles não têm esse tipo de atendimento.



ECLÉSIA - Na sua opinião, como a Igreja brasileira trata a homossexualidade?

Lanna - Esse é um problema que não é tratado de frente nas igrejas. Tanto que quase ninguém conta para seu pastor quando tem uma inclinação homossexual. Acho realmente que é um problema não tratar disso com mais seriedade.



ECLÉSIA - A senhora teve algum outro caso homossexual depois de sua conversão?

Lanna - Não, de forma alguma. Tive, quando nova convertida, problemas, desejos, provações, mas não caí em tentação. Nessa época, eu não tinha ministério.



ECLÉSIA - A Igreja é mais radical quando o pecado atinge a área sexual?

Lanna - Sem dúvida. Os pecados da área sexual são tratados pelas igrejas de maneira muito mais severa. Um irmão ou pastor que rouba o dinheiro da tesouraria e que administra a verba ao seu bel-prazer, ou aquele que difama os outros, por exemplo, é visto como um “pecador normal” - às vezes, nem são observados. Não é o que acontece com quem comete erros sexuais. Há uma fixação da Igreja por essa área.



ECLÉSIA - Por que?

Lanna - É simples - a Igreja, principalmente a brasileira, está mais doente que o mundo. Sabe por quê? Porque ela conhece a verdade mas age como se não a conhecesse. A Igreja conhece a graça de Deus, mas a despreza. Só para você ter uma idéia: quando eu caí em pecado, estava nos Estados Unidos. Voltei para o Brasil na tentativa de me afastar da outra mulher e de restaurar meu ministério. Mas vários pastores da América ligaram para o Brasil para relatar o que acontecera. Quando você está bem, é respeitado. Mas quando se está à beira do precipício, algumas pessoas que estão dentro da Casa de Deus não socorrem. Empurram.



ECLÉSIA - Ao longo de seu ministério, a senhora tomou conhecimento de homossexuais, homens ou mulheres, que vivem dentro das igrejas sem resolver esta situação?

Lanna - Só não posso te falar que em todas as igrejas encontrei pessoas assim porque não quero mentir. Mas sem medo de errar, em 90% das igrejas existem pessoas com problemas relacionados ao homossexualismo. Sempre que eu dava meu testemunho, as pessoas me procuravam para contar seu drama e pedir conselhos. Elas se abriam comigo — mas não faziam o mesmo com seus pastores, pois tinham muito medo. Eles diziam que não confiavam em ninguém. Então, eu falava para eles tomarem como exemplo o milagre que Deus fez na minha vida e que abandonassem o pecado.



ECLÉSIA - O que de fato aconteceu com a senhora neste caso?

Lanna - Eu me apaixonei por uma mulher, fui tentada e caí em pecado. Houve um envolvimento sentimental muito forte que, infelizmente, mexeu com meu passado de homossexualismo. Mas fico triste quando alguém diz que eu nunca mudei de fato e que enganava as igrejas. Isso é mentira. Jesus realmente me libertou de uma gaiola até há alguns meses, mas eu fui presa lá de novo.



ECLÉSIA - Se voltou ao Brasil para restaurar sua vida, por que, então, está vivendo agora nos EUA?



Lanna - Porque eu preciso juntar dinheiro suficiente para quitar uma divida que ultrapassa os R$ 100 mil. Trabalhando no Brasil, eu jamais conseguiria pagar tudo isso.



ECLÉSIA - E como a senhora está se mantendo?



Lanna - Aqui nos EUA, já trabalhei como pintora de paredes. Agora, no inverno tenho trabalhado como entregadora de pizzas. Uso meu carro para isso. Trabalho 11 horas por dia, seis dias por semana e chego em casa por volta das 22h, todo dia. Eu divido um apartamento com meu filho e duas brasileiras que não são evangélicas. O aluguel aqui é muito caro.



ECLÉSIA - Qual a origem de tamanho prejuízo?

Lanna - Muitas pessoas que haviam comprado meu material para vender nas igrejas sustaram os cheques, assim que o escândalo estourou.



ECLÉSIA - Quais foram os pastores que lhe deram calote?

Lanna - Não gostaria de citar nomes. São pastores de grandes igrejas e de igrejas da periferia, também.



ECLÉSIA - Mas o que aconteceu com todos os recursos arrecadados pela venda de suas fitas e vídeos durante tanto tempo?

Lanna - Meu ex-marido cuidava disso para mim. Ele administrava toda essa questão de dinheiro. Eu mesmo nem sei ao certo quanto arrecadava com a venda dos produtos. Só sei que agora devo e muito.



ECLÉSIA - Se o trabalho que fazia era ministerial, por que cobrar ofertas? Não seria mais legítimo viver unicamente pela fé, como se diz?

Lanna - Eu não cobrava ofertas até o fim do meu segundo ano de ministério. No início, eu acreditava que as igrejas tinham essa visão, mas depois percebi que não era bem assim. Havia ocasiões em que os pastores não me ofereciam nada além de tapinhas nas costas. E eu tinha que sustentar minha família. Mas nunca perguntava à igreja o quanto ela podia me dar. Mais tarde, o ministério tomou-se uma máquina de dinheiro e esse foi um dos motivos que fizeram com que eu perdesse o alvo.



ECLÉSIA - Então, a senhora virou uma pregadora profissional?

Lanna - As cobranças e exigências eram enormes. Eu tinha que pregar todo dia, já que estava preocupada em pagar dívidas e investimentos. O alvo espiritual era outro, mas eu não consegui segurar a situação — quando me dava conta, tinha que cumprir essa agenda, não só pelo dever de ministério, mas por causa de contas a pagar, funcionários etc. Depois que eu caí em pecado, justamente quando estava no auge do meu ministério, vários pastores disseram que eu seria muito burra se assumisse meu erro diante de todos. Houve quem me aconselhasse a negar tudo e continuar pregando. Mas como eu poderia mentir? O período mais difícil que passei em toda a minha vida foram os meses em que pregava algo de púlpito que eu não estava vivendo pessoalmente.



ECLÉSIA - Em algum momento de seu ministério, a senhora sentiu-se usada pelos pastores?

Lanna - Não vou usar esse termo “usada”. Acho que o que acontece no Brasil, e isso não se vê no resto do mundo, é que 90% dos pastores que conheci não têm consciência plena do que é ministério missionário. Mas a maioria acredita que, se você é missionário, tem que passar necessidade, tem que viver na prova. Não existe uma visão contemporânea do ministério missionário. De cada dez igrejas em que eu pregava, em apenas uma eu era abençoada com uma oferta de amor. Embora meu sustento e o de minha família viesse dessa ajuda das igrejas, eu jamais estipulei um valor para pregar neste ou naquele lugar. Muita gente diz que o dinheiro e a fama me subiram à cabeça. E tem outra coisa - sempre que eu era convidada para ir a alguma igreja, pedia que a congregação pagasse também a passagem do meu marido, para que ele me acompanhasse sempre. Como esposa, eu não queria ficar longe dele muito tempo. E muitas vezes pagava do meu próprio bolso, tirava da minha oferta para poder levá-lo.



ECLÉSIA - Seu casamento foi influenciado por pressões da igreja, como uma forma de provar que não era mais lésbica?

Lanna - Não, de forma alguma. Eu me casei porque quis.



ECLÉSIA - E por que seu casamento naufragou?

Lanna - Nós não conseguimos resolver as coisas de uma maneira melhor por causa dos vários compromissos que eu tinha com o ministério. Meu casamento foi abaixo também por causa disso. Meu ritmo de vida era alucinante, chegava a pregar três vezes ao dia em locais diferentes. Havia também as viagens. Isso proporcionou que a gente se afastasse. Nós passamos por graves crises em nosso casamento, principalmente na área sexual. Chegamos a ficar quase um ano sem manter relações sexuais. Dá para acreditar? Eu cheguei a cobrar do meu marido um compromisso sexual comigo. Dizia para ele que, devido ao meu passado, eu tinha que ser plenamente saciada por um homem nesta área. Mas nada mudava. Ele só me dizia que eu não podia deixar de pensar no ministério. Nosso casamento não tinha mais jeito.



ECLÉSIA - Vocês já estão divorciados?

Lanna - Ainda não, pois estamos sem dinheiro. Mas vamos usar um serviço social americano para resolver essa questão o mais rápido possível. Meu sonho neste momento, mais do que voltar a ter algum ministério, é ter uma família. Peço a Deus um marido. Um homem que realmente me faça feliz e me dê pelo menos mais dois ou três filhos.



ECLÉSIA - Após a divulgação do escândalo, alguns dos setores que antes a solicitavam têm apoiado a senhora?

Lanna - Não, ninguém me procurou. A única pessoa que realmente tenta me apoiar - aliás, eu me emociono pela maneira como faz isso — é meu pastor [Manoel Antonio Ribeiro, da Assembléia de Deus do Monte, no Rio de Janeiro]. E olha que nós sequer nos falamos depois de tudo que me aconteceu. Eu tento poupá-lo do constrangimento. Mas aquele é um servo de Deus, um homem de bem. Para não ser injusta, a pastora Zilmar, esposa do pastor Jabes de Alencar [líder da Assembléia de Deus do Bom Retiro, igreja paulistana], foi me visitar em São Paulo, assim que soube que eu tinha caído em pecado. Ela veio em nome da igreja e ofereceu ajuda para o que eu estivesse precisando. Levaram até uma cesta básica para mim.



ECLÉSIA - O que mudou no tratamento recebido pela senhora nas igrejas, antes e depois de sua queda?

Lanna - Eu sempre tive a graça de Deus na minha vida. Onde eu chegava, independente de local, era recebida com carinho. Isso é interessante, porque por mais que existam pessoas que saíram do homossexualismo, poucas têm coragem de dizer por causa do preconceito, do medo de ser apontada, criticada. Mas eu me expus e meu passado nunca pesou para mim quando entrava na casa dos pastores, por exemplo. Sempre fui tratada com respeito e até hoje muitos crentes me perguntam como estou, se estou em dificuldades, quando por acaso esbarro com algum deles pela rua. Eu acreditava que receberia apoio espiritual dos grandes pastores, dos grandes homens de Deus que sempre estavam perto de mim, mas foi o povo, os irmãos das igrejas que me apoiaram e têm demonstrado amor por mim.



ECLÉSIA - A senhora saiu do Brasil dizendo que recebeu um chamado missionário. Quanto a Igreja de Boston lhe pagava?

Lanna - Nós nunca falamos numa verba fixa. O convite aconteceu, mas acabou não se concretizando por causa da minha queda. Ou seja, eu nunca fui missionária daquele ministério. No início de 2003, eu recebi a proposta de uma igreja americana para ir morai nos EUA, já que eu estava viajando sempre para lá. Eu disse isso ao pastor Ouriel de Jesus, que imediatamente me fez uma proposta para ficar como missionária de sua igreja. Eu iria ficar pregando nas dezenas de igrejas dele no mundo inteiro e venderia meus produtos, mas não ganharia uma oferta fixa. Mas logo depois tudo aconteceu e achei que a proximidade com a mulher com quem tive o caso seria muito pior para mim.



ECLÉSIA - Qual foi a postura do pastor Ouriel diante do escândalo?

Lanna - No dia em que eu sentei com o pastor Ouriel para confessar o meu pecado, ele falou que, diante do ocorrido, não poderia cumprir o que havia sido combinado. Ele disse que iria nos ajudar até que superássemos o problema. Até me aconselhou a voltar para o Brasil e a me submeter à disciplina de meu pastor. Quanto à outra pessoa envolvida, o próprio Ouriel a disciplinou.



ECLÉSIA - E quanto à outra mulher - a senhora nunca mais a viu?

Lanna - Não temos mais contato algum. Ela é proibida pela igreja de falar comigo, mesmo que nos víssemos na rua. Não é possível qualquer tipo de aproximação. Além disso, o marido dela não superou a crise e mantém uma mágoa muito grande de mim.



ECLÉSIA - Quais são seus planos, agora?

Lanna - Gosto das igrejas daqui. Embora eu passe um momento de cobrança, as pessoas me perguntam quando vou voltar. Dizem que sentem saudades de me ver diante do púlpito, pregando... Conversei com vários pastores aqui que dizem o mesmo. Mas eu não posso voltar só para matar a saudade das pessoas. Eu não deixei de ser crente, mas não posso pregar o que não vivo. Portanto, não sei quando e nem mesmo se voltarei a pregar.



ECLÉSIA - Como a senhora define a sua situação espiritual?

Lanna - Eu me lembro de que, quando aceitei a Cristo, não conseguia mais deixar de falar de Deus. Até hoje o Senhor me dá mensagens. Você acredita? Mas é verdade. Não consigo viver sem pregar. Eu gosto, está no meu sangue. Sei que nasci para pregar. Mas eu não sei o que o Senhor vai fazer comigo ou como vai me usar no futuro. Hoje, não sei se vou ou não voltar ao ministério — só posso dizer que estou em processo de restauração e creio que Deus tem algo maravilhoso preparado para mim. Sei que estou em pecado, mas sei também que Jesus me ama e estou trabalhando minha restauração. Não quero ir para o inferno!

 Ela voltou que pena que voltou outra Lanna.









O que diz a Bíblia a respeito de tatuagens e piercings?

A lei do Velho Testamento ordenou aos israelitas: “Pelos mortos não dareis golpes na vossa carne; nem fareis marca alguma sobre vós. Eu sou o Senhor” (Levítico 19:28). Portanto, apesar de não estarem os crentes sob a lei do Velho Testamento nos dias de hoje (Romanos 10:4; Gálatas 3:23-25; Efésios 2:15), o fato de ter havido um uma ordem contra tatuagens deveria nos fazer pensar sobre a questão. O Novo Testamento não faz menção sobre os crentes fazerem ou não tatuagem.




Em relação às tatuagens e piercings, um bom teste é determinar se podemos ou não, com honestidade e sã consciência, pedir a Deus que abençoe e use esta atividade particular para Seus bons propósitos. “Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus” (I Coríntios 10:31). A Bíblia não se coloca condenando tatuagens ou piercings, mas também não nos dá razão alguma para crermos que Deus nos deixaria fazê-los.



Outra questão a considerar é o recato. A Bíblia nos instrui ao recato no vestir (I Timóteo 2:9). Um aspecto do vestir recatadamente é nos certificarmos de que cada parte que precisa ser coberta com roupas está adequadamente vestida. Entretanto, o significado essencial do recato é não chamar atenção para si mesmo. As pessoas que se vestem com recato o fazem de maneira tal que jamais chamam atenção para si mesmas. Tatuagens e piercings, com certeza, são chamativos. Neste sentido, as tatuagens e piercings não são recatados.



Um princípio importante das escrituras a respeito de casos sobre os quais a Bíblia não lida especificamente é que, se há dúvidas se isto agrada ou não a Deus, então é melhor não fazê-lo. “Mas aquele que tem dúvidas, se come está condenado, porque não come por fé; e tudo o que não é de fé é pecado” (Romanos 14:23). Precisamos ter em mente que nossos corpos, assim como nossas almas, foram redimidos e pertencem a Deus. Apesar de não se aplicar diretamente a tatuagens e piercings, I Coríntios 6:19-20 nos dá um princípio: “Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus.” Esta grande verdade deve sempre pesar no que fazemos e até onde podemos ir em relação a nossos corpos. Se nossos corpos pertencem a Deus, deveremos sempre nos certificar de que temos Sua clara “permissão” antes de neles deixarmos “marcas” com tatuagens e piercings.





Lanna Holder Defende o Céu Gay

No Brasil famosa missionária assume homossexualismo e lança nova igreja gay com companheira pastora        




A Comunidade Evangélica Cidade Refúgio é a mais nova igreja sem preconceitos do Estado de São Paulo, fundada pela missionaria Lanna Holder a igreja acolhe os homossexuais sem julgamentos, dizendo dar-lhes um local para que possam adorar a Deus sem serem apontados ou acusados por outras pessoas.










Lanna Holder, 34 anos, missionária, já ministrou suas mensagens por todo o Brasil, Europa e EUA e atualmente está empenhada juntamente com sua companheira a Pastora Rosania Rocha (cantora e compositora) na administração e na direção de sua nova igreja, a Comunidade Evangélica Cidade Refúgio, no Centro de São Paulo. Lanna que já foi alvo de varias polêmicas envolvendo o homossexualismo no passado diz que todos somos iguais perante a Bíblia e que considera sua igreja como um sonho de Deus que Brotou em seu coração e que agora, finalizado, está começando a dar seus primeiros frutos.










A igreja afirma contar com as mais diversas programações e tem como o objetivo principal as missões, preparando seus membros para conquistarem, como a bíblia diz em Atos capitulo 1 versículo 8, “os confins da terra”, Lanna e Rosania definem os confins não como as cidades distantes, do outro lado do planeta, mas sim o outro lado da rua, seu vizinho e até mesmo o quarto do seu filho que está triste.










As dirigentes da igreja já possuem uma sede em Portugal e pretendem inaugurar futuramente novas sedes nos EUA e em outros países da Europa. Outro diferencial da igreja é o projeto social da igreja, a ong Mãos em Ação, que pretende dar auxilio a pessoas que sofrem ou sofreram todo tipo de trauma, seja de ordem psíquica, física, mental e emocional consequência de maus tratos, rejeição, agressões físicas ou verbais e até ações de cunho homofóbico devido a sua sexualidade, pretende “curar” os participantes e orientá-los no caminho em que devem andar, tornando-os cidadãos com uma visão mais abrangente e, se desejarem, membros da Comunidade Evangélica Cidade Refugio